Sete réus foram julgados, cinco acusados de homicídio, porém somente Edison — réu confesso que estava preso há cinco anos — foi condenado pela morte do jogador. Cristiana Brittes, esposa de Edison, e a filha do casal, Allana Brittes, também receberam condenações por ações relacionadas ao crime.
A sentença de Edison foi lida após votação do Conselho de Sentença na noite desta quarta-feira (20/3). Foi a parte final de três dias de julgamento.
Edison foi condenado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo.
A mulher de Edison, Cristiana Rodrigues Brittes, foi condenada a 6 meses de prisão e 1 ano de reclusão (em regime aberto) por fraude processual e corrupção de menores. A filha, Allana Emilly Brittes, foi condenada a 6 anos, 5 meses e 6 dias de prisão (em regime fechado) por fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo.
Os outros quatro réus foram absolvidos das acusações de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
Fonte: CB
Relembre detalhes do crime
Em 26 de outubro de 2018, Edison, Cristiana e Allana comemoraram o aniversário de 18 anos da jovem em uma casa noturna de Curitiba. A festa continuou na manhã do outro dia na casa dos Brittes, em São José dos Pinhais.
Em depoimento à polícia, Edison Brittes afirmou que Daniel, que também estava na comemoração, tentou estuprar a esposa dele, e que matou o jogador "sob forte emoção". Antes de ser assassinado, Daniel chegou a trocar mensagens e fotos com um amigo, em que aparecia deitado ao lado de Cristiana Brittes.
Dois dias após o crime, Edison marcou um encontro em um shopping da cidade para, segundo a denúncia, coagir testemunhas.
O delegado Amadeu Trevisan, em inquérito concluído pela Polícia Civil, afirmou que não houve tentativa de estupro de Daniel contra Cristiana. O oficial alegou que a mulher e a filha Allana mentiram em depoimento prestado à polícia.
O delegado ainda disse que Daniel não teve como reagir à agressão que sofreu, pois estava muito embriagado. O laudo pericial identificou 13,4 decigramas de álcool por litro de sangue do jogador, que não estava sob efeito de drogas.